Nome completo: Gwendolyn Stacy.
Espécie: Humana.
Personagem de: Homem-Aranha.
Publicado por: Marvel Comics.
Primeira aparição: The Amazing Spider-Man #31 (dezembro de 1965)
Criado por: Stan Lee
Steve Ditko
Gwendolyn Stacy foi uma namorada de Peter Parker (o Homem-Aranha). Criação de Stan Lee e Steve Ditko, ela apareceu pela primeira vez em The Amazing Spider-Man #31 (Dezembro de 1965). Foi morta pelo Duende Verde em The Amazing Spider-Man #121 (junho de 1973). Quando surgiu, parecia que iria ser da "turma do mal", sempre ao lado do aluno rico Harry Osborn contra Peter Parker, o estudante pobre. Depois se tornaria namorada de Peter, antes da atual esposa Mary Jane Watson.
A Vida de Gwen
Gwen Stacy foi retratada primeiramente como a garota mais bonita da universidade, uma jovem imatura e bastante confusa com seus sentimentos para com relação ao jovem Peter Parker. Ela sempre buscou todos os motivos para odiá-lo e sempre procurava implicar com ele, mas essa atitude escondia um forte sentimento que a jovem sentia pelo rapaz. Sem ela saber ele sentia o mesmo, mas afastava esses pensamentos por pensar que alguém tão diferente dele seria inalcansável. Ela, a mais bela e popular, e ele, só um nerd anti-social. Quando Peter se tornou amigo de Harry Osborn e passou a conviver no seu círculo de amigos, ele se aproximou de Gwen e a atração entre os dois foi ficando cada vez maior.
No dia em que descobriu que não sentia mais nada por sua antiga namorada Betty Brant, um Peter Parker mais amadurecido olhou para a Gwen com outros olhos, como se a visse pela primeira vez. Foram ficando cada vez amigos e descobriram que tinham grandes afinidades. Um dos momentos mais marcantes foi quando Peter deu uma carona pra ela na garupa de sua moto.
Para os estranhos eram só duas pessoas comuns. Para os colegas era um choque social. Para eles foi um momento único, fruto de um sentimento recíproco.
Porém sempre acontecia algo que fazia com que Peter desviasse a atenção de Gwen para outro assunto, geralmente envolvendo sua atribulada vida como super-herói. Gwen, por sua vez, como uma jovem da sua idade, não ficava sofrendo por isso. Nunca deixou de sair com seus amigos e se divertir, mas no fundo jamais deixou de pensar em Peter, embora parecesse que quanto mais eles se aproximavam emocionalmente, mais se afastassem fisicamente. Quis o destino, no entanto, que essa mesma vida de super-herói o aproximasse do Capitão de Polícia George Stacy, pai de Gwen (ela já havia perdido a mãe), que se tornou um dos seus maiores amigos, sempre o aconselhando, e chegando a suprir a ausência paterna que Peter tinha desde a morte do Tio Ben. George foi um amigo tão incrível que, em algum momento, chegou a descobrir que Peter era o Homem-Aranha e jamais revelou esse segredo. E nem mesmo quando o herói finalmente começou a namorar sua filha, nunca pôs impedimento ao romance. Aliás, o relacionamento entre Peter e Gwen foi sempre cercado de fortes emoções.
Ela tinha muitos ciúmes de Mary Jane e ele de Flash Thompson, velho rival de Peter desde os tempos do colégio, que sempre se declarou apaixonado por Gwen. Ainda assim o maior inimigo do romance foi mesmo a diferença social entre eles, já que Gwen era de uma classe social relativamente alta e Peter levava uma vida humilde, estudando e trabalhando para sustentar a si e a tia doente. Ele se atormentava por exemplo por Gwen ter que andar de ônibus quando o acompanhava porque ele não tinha dinheiro pra pagar um táxi. Em certa ocasião, delirante de febre, Peter quase roubou um colar de uma joalheria para dar de presente à namorada, mas se conteve a tempo. Porém, os delírios da febre o fizeram se desmascarar revelando sua identidade secreta em plena festa de aniversário da namorada. Felizmente, ele conseguiu contornar a situação mais tarde e aparentemente ninguém acreditou que ele fosse o Homem-Aranha. Mesmo assim Gwen demonstrou nessa ocasião que ficaria a lado dele fosse ele o que fosse. O amor de Gwen por Peter foi tão intenso que ela sempre ignorou a barreira social que os separava. Certa vez disse a ele: "Não tem lugar no mundo melhor do que esse parque. Nada é melhor do que ficar aqui com você."
Stan Lee, criador dos personagens, transformou Gwen numa espécie de porto seguro na tumultuada vida do herói, antes tão solitário e atormentado. A simples presença dela era um bálsamo e um consolo nos momentos de aflição, sem esquecer que ela sempre o defendia, como quando esbofeteou um colega da faculdade que chamou Peter de covarde.
Stan e os demais autores os retrataram como um casal bastante natural e completamente apaixonado, com cenas de cotidiano, como Gwen cuidando de Peter quando ele estava doente, ou os dois saindo pra jantar fora ou dançar. O relacionamento também passou por grandes provações como a morte de George Stacy em meio a luta do Aranha com o Dr. Octopus. Antes de morrer George contou a Peter que sabia quem ele era e o fez prometer que cuidaria de Gwen, pois ela o amava demais. Apesar de ter passado pouco tempo com ele, George Stacy foi um exemplo e uma pessoa muito importante para Peter. Infelizmente Gwen passou a culpar o Homem-Aranha pela tragédia, o que deixou Peter mais dividido do que nunca entre suas duas identidades. Gwen sentiu que Peter se afastou quando ela mais precisava e, por julgar que ele não a amava mais, decidiu ir morar com os tios na Inglaterra.
No dia da viagem Peter tentou desesperadamente detê-la, mas teve que resgatar Tia May das mãos do vilão Escaravelho (Besouro). Ele venceu a luta, mas se atrasou e chegou no aeroporto apenas a ponto de ver o avião decolando e de gritar inultilmente o nome da amada.
Na edição seguinte o herói atravessou o oceano e foi a Londres tentar encontrá-la, mas teve que agir como Homem-Aranha e preferiu voltar sem que ela o visse, pois tinha medo que ela imaginasse que ele era o Homem-Aranha. Amargurado, Peter começou a pensar em como seria sua vida sem ela. Gwen, porém, sentiu uma saudade tão forte que regressou, tendo um reencontro emocionante e inesperado com Peter.
E mais uma vez foi um consolo no meio de uma grande agitação já que ele estava as voltas com os problemas de seu melhor amigo, Harry, com drogas, e com os planos cada vez mais insanos do Duende Verde. O Duende era na verdade Norman Osborn, o pai de Harry, embora a maior parte do tempo não tivesse recordações de sua vida de super-vilão. No entanto, sempre que recobrava a memória voltava mais perigoso, pois conhecia a identidade secreta do Homem-Aranha e, sabia como ferir Peter mais do que ninguém. Refletindo, podemos imaginar que, se Gwen não tivesse voltado para o seu grande amor, poderia estar viva até hoje com uma vida completamente diferente.
A partir do retorno de Gwen a relação deles foi ficando cada vez mais séria, com planos constantes de casamento, o que assustava os editores da Marvel que temiam que isso envelhecesse o herói e este perdesse a identificação do público. Mas era inegável o amadurecimento crescente de ambos, com Peter preocupado em arranjar um emprego fixo e até tentando criar uma fórmula pra se livrar dos poderes (e conseguindo apenas ficar com seis braços!). Numa dessas tentativas de juntarem dinheiro para casar J. Jonah Jameson os convenceu a irem consigo à recém-descoberta Terra Selvagem colaborando como uma forma de promover seu jornal. Lá Gwen foi raptada pela gigantesca criatura Gog e levada ao encontro de Kraven, O Caçador. É revelado então que Gog era um ser alienígena cuja nave caíra ali e que fora manipulado por Kraven para destronar Ka-Zar, o senhor da Terra Selvagem, e tomar-lhe o controle da mesma. Nessa ocasião a idéia de Kraven era tornar Gwen sua rainha. Mas ela é salva pelo Homem-Aranha com ajuda de Ka-Zar.
Gwen, assim como Peter, também demonstrava uma grande evolução como personagem, passando longe da menina mimada e arrogante das suas primeiras aparições, seja deixando claro a Flash que nunca trairia Peter ou dizendo a Tia May, de maneira até rude, que seu sobrinho já tinha crescido e se tornado um homem. O homem que ela amava e por quem seria capaz de dar a vida… e de certa forma deu…
A morte de Gwen
Gwen era filha do capitão da Polícia de Nova York George Stacy. Morreu ao ser atacada pelo Duende Verde original (Norman Osborn), que a jogou do alto da ponte referida na história como George Washington (embora o desenho seja da ponte do Brooklin) em Nova York. A moça teve o pescoço quebrado causado quando da tentativa desesperada do Homem-Aranha de segurá-la com a teia (essa versão depois foi recontada e se sugeriu que quando fora jogada já estava morta, para diminuir a culpa do Aranha no acidente). Logo a seguir o vilão morreu ao ser atingido pelo seu planador. (Como contado no filme do Homem-Aranha de 2002, sem o final trágico da garota e mudando-a para Mary Jane, mais conhecida atualmente graças aos desenhos do herói).
Anos depois Norman Osborn reapareceu vivo, mas Gwen havia realmente morrido.
O Clone de Gwen
O inimigo do Homem-Aranha conhecido como Chacal (disfarçe do professor Warren) clonou Gwen mais de uma vez. Ele se apaixonou pela moça quando lhe dava aulas, e ao recolher o sangue dos alunos para suas experiências, além de clonar Gwen descobriu os poderes de Peter Parker. Quando Gwen morreu, o professor culpou o Homem-Aranha pela morte da garota e buscou se vingar, criando uma série de clones para atacá-lo, mas que viriam a morrer na mega série de histórias conhecidas por "A Saga do Clone:".
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